MICO no del.icio.us
Relatório sobre as fontes e as tags incluídas no marcador social da turma MICO10
I-A ferramenta online
Um espaço de partilha de recursos da turma MICO10 foi criado pela professora com base numa ferramenta de agregação e partilha, um marcador social muito popular actualmente, o DEL.ICIO.US, cujo URL é http://www.delicious.com/MICO09/mpel04. O acesso à página é directo e disponibilizado na página da Unidade Curricular de MICO. Os utilizadores partilham a mesma password.
Este espaço de organização e partilha de informação foi sendo construído / alimentado com o contributo da generalidade dos colegas, e tinha como objectivo ser um agregador de recursos – um repositório de informação a partilhar por toda a turma -. Foi crescendo, com as diferentes contribuições e pode ser utilizado como uma base de informação a explorar. É um recurso “webgráfico” valioso no desenvolvimento do percurso de aprendizagem pessoal e colectivo.
Tendo em conta que a forma de se construir este recurso é partilhada, a turma acordou no início da UC na forma de identificação, usando tags pré-definidas de forma a gerar alguma coerência na disponibilização dos recursos no que se refere à organização e navegabilidade. A ideia era facilitar a navegação do utilizador. As tags deveria indicar o tópico geral , MICO10 (indicação da turma) e o nome do aluno que disponibiliza este recurso.
Na elaboração deste relatório vou assumir o ponto de vista do utilizador, uma vez que a minha contribuição para a construção do repositório MICO foi só no final da Unidade Curricular. ( Os recursos que achei pertinentes e de interesse para a turma foram partilhados nos fóruns do grupo e de discussão para toda a turma e só agora os inclui no repositório!) No entanto, utilizei algumas vezes os recursos partilhados pela turma no MICO10.
A ferramenta têm várias possibilidades de visualização dos recursos – por datas , alfabético, ordem normal ou inversa, três níveis de detalhe, e a visualização entre 10 a 100 bookmarks por página, para além das opções avançadas.
O detalhe alto é uma opção que permite ver o link directo, através do URL e não do título, mas este também é um link pelo que esta opção não traz nada de novo!
Navegar no DEL.ICIO.US é um pouco caótico. As tags por tema ajudam , mas facilmente somos inundados de uma infinidade de recursos que nem sempre estão relacionados directamente com o tema que anunciam.
Algumas tags são redundantes e repetidas .
Qual é a vantagem? Alargar a possibilidade de utilizadores , uma vez que o inglês é a língua internacional.
Esta ferramenta funciona com base no sistema de bookmarks, que tem por suporte as tags cuja definição é dada no próprio site:
As vantagens mais óbvias da utilização desta ferramenta são, como anunciado, a organização dos recursos que assim ficam “ arrumados “ num único espaço. A partilha de recursos com outros utilizadores, pois este podem ser visto por toda a turma, em qualquer lugar e a qualquer hora.
II – Selecção de recursos
A turma construiu um vasto banco de recursos relativos aos temas em discussão nesta Unidade Curricular. Como é óbvio não vi cada um deles para poder seleccionar os dois melhores e os dois piores do total de documentos partilhados. Além disso, o repositório está sempre a crescer , pelo que essa seria uma tarefa sempre inacabada. Vou, por isso, escolher o último tema que trabalhamos nesta unidade – redes sociais – e seleccionar os recursos que me pareceram mais interessantes e menos interessantes do ponto de vista prático, tendo por base a sua utilização para a actividade de campo.
O recurso que achei interessante , mas de pouca utilidade de prática foi o mapa mundial das redes sociais, disponível em http://en.rian.ru/infographics/20110228/162792394.html. Contudo não deixa de ser um recurso com um conteúdo informativo bastante pertinente e apresentado de forma muito apelativa – a infografia. Esta forma de apresentação está cada vez mais a ser utilizada, pois recorrendo à imagem, a gráficos e esquemas, condensa a informação e permite uma leitura rápida e abrangente da informação. Muitas revistas de divulgação científica estão a recorrer a este tipo de estratégia de apresentação de informação.
No entanto, para se ter uma ideia da importância das redes sociais para o ensino , o estudo partilhado pelo Marco Freitas – O uso das redes sociais como método alternativo para ensino de jovens : Análise de três projectos envolvendo comunidades virtuais de Aline Silva et all , disponível em https://docs.google.com/leaf?id=0Bwk38TxAG_5fY2E4MTVjOWQtOWYzNi00MTI3LTlhMDEtNzdjMGYxN2QzZTNi é um recursos muito interessante, e com a vantagem de estar escrito em Português ( do Brasil).
A língua pode ser uma barreira, mesmo utilizando o Google tradutor! Por isso, os artigos em língua portuguesa têm um valor especial!
Uma outra vantagem da partilha de recursos refere-se ao facto de se poder ter acesso não só à leitura desses recursos como também a possibilidade de fazer download dos que mais interessam a nível pessoal ou profissional, desde ferramentas, a artigos ou mesmo ebooks como este que o Marco Freitas partilha : Redes Sociais na Internet de Raquel Recuero, 2009, disponível em http://www.redessociais.net/cubocc_redessociais.pdf
De uma forma geral, os recursos disponibilizados sobre a temática redes sociais foram bastante interessantes.
Encontrei um recurso que não é bem um recurso no verdadeiro sentido da palavra. É apenas uma parte de uma tese intitulada Metodologia Científica de Eva Lacatos e Marina Marconi , uma referência que, em termos práticos, não vai ser útil pois têm apenas o índice . Está disponível em http://www.dem.fmed.uc.pt/Bibliografia/Livros_Educacao_Medica/Livro27.pdf
Através desta ferramenta temos a vantagem de criar áreas temáticas, através das tags, e de organizar os recursos em função delas tendo por orientação as actividades que necessitamos de realizar.
Uma outra vantagens é a possibilidade de partilhar uma imensa diversidade de suportes de informação – textos, imagens( fotos) , vídeos, som. Permitindo assim o utilizador uma maior leque de possibilidades a explorar.
Por comparação com a Web, podemos dizer que esta ferramenta é um mundo dentro de um mundo, um micro hiperespaço, temático.
III – Tags e navegação
No Delicious, os recursos ficam organizados de forma temática, por tags, mas, navegar nelas e encontrar a informação necessária nem sempre é fácil ou rápido, apesar de este tipo de ferramenta ser uma espécie de micro hipertexto, não deixa de ser extenso e caótico. Por isso, é necessária muita prática e uma apropriação das “ artes de navegar” neste meio para se tirar partido desta ferramenta.
Por exemplo, ao procurar o tema redes sociais através desta lista de tags, encontro um artigo intitulado As redes Sociais no ensino: ampliando as interacções sociais na Web disponível em http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/temas-especiais-26h.asp, mas não encontro por exemplo os recursos que o Marco Freitas partilhou sobre a mesma temática.
Isto é desencorajador. Talvez seja a minha pouca experiência de navegação no Del.icio.us, mas parece-me que é, por vezes, um bocado confuso e frustrante.
Outra forma mais interessante de navegação é pelos autores. Através deste método ficamos a saber todos os recursos partilhados por determinada pessoa. No entanto, como o nosso objectivo é a pesquisa temática, a pesquisa por tags indicando o tema é a mais indicada.
IV- Avaliação geral das tags mais usadas
Quanto às tags mais usadas, é obvio que para este grupo, foi mpelO4, a designação do mestrado e por extensão da turma. Esta tag é identificativa do grupo/ turma.
As restantes tags não são muito elucidativas quanto aos temas trabalhados. Estes dados são obtidos através dos dados estatísticos fornecidos pelo próprio sistema.
Por si só não são muito reveladoras de orientações para a navegação.
O que revelam estas estatísticas?
Muito pouco de útil para o utilizador se orientar em termos das temáticas exploradas. Para esse efeito apenas as tags entrevista e investigação qualitativa dão directamente para recursos sobre o tema. As tags que se referem a nomes levam aos recursos partilhados pelos membros.
Podemos concluir por esta informação quais os temas que têm mais recursos e que colegas partilharam mais recursos. Isso assumindo que há sempre indicação pelas tags dos temas e dos autores do bookmarking!
A opção “ related tag” permite expandir os recursos encontrados sob uma determinada tag e aparece como uma espécie de índice com hiperligação. Facilita a pesquisa.
As tags estão organizadas por “ ranking”, por isso outra forma de pesquisar , pode ser fazendo uso da lista de tags mais abrangente que se encontra organizada por ordem alfabética:
Outra forma de apresentação das tags são as nuvens ou tag clouds cuja apresentação gráfica mostra as mais populares que se destacam por estarem representadas em tamanho maior:
A nuvem de tags apresenta duas possibilidades de visualização: a alfabética e a por tamanhos.
A vantagem da primeira opção é a facilidade de procura de informação. Se o tema é redes sociais, pode mos procurar directamente por essa tag ou outras por associação de ideias.
A nuvem organizada por tamanhos, é uma forma visual de mostra os temas mais populares, mas em termos de pesquisa fica mais confuso , uma vez que os temas menos populares não ficam organizados de forma fácil de consultar.
Utilizando estas tags , navegamos para uma infinidade de recursos que ultrapassam o espaço do MICO 10, recursos engraçados e interessantes sobre o tema das redes sociais nas suas mais variantes abordagens.
As tags incluídas no marcador da turma, referem os temas/ conteúdos dos recursos partilhados:
Observamos que não há uma forma única de fazer os bookmarks e que há tags semelhantes: MPEL04, mpel4, mple04. O sistema reconhece estas tags como diferentes, pelo que o utilizador tem de ter cuidado na redacção das tags. De forma geral manteve-se o consenso quanto à identificação dos recursos, pois de um total de 291 recurso disponibilizados/ partilhados, 228 estão identificados com a designação previamente convencionada.
Se seguirmos a tag MICO, temos acesso a 178 bookmarks sobre os mais diversos tópicos.
Mas se seguirmos tags mais explicitas como por exemplo structured interview obtemos apenas acesso a um recurso!
Outro aspecto por exemplo relaciona-se com algumas tags que sendo iguais vão formar grupos diferentes.
Foram usadas tags em Português e em Inglês criando redundâncias porque as palavras chave são as mesmas. Algumas tags são siglas, como por exemplo tf, tr que não se percebe de imediato a que se referem, outras tags contêm duas palavras. As tags funcionam como um sistema de referência dentro da referência e podem levar a percursos de navegação e pesquisa múltiplos.
V- Conclusão
Esta ferramenta tem a vantagem de poder ser acedida de qualquer lado em qualquer momento e de através dela podermos organizar um banco de recursos que são ou podem ser partilhados pela turma, constituindo assim um valioso instrumento para a formação / aprendizagem dos elementos e da turma. A construção deste “ banco de dados” é um “work in progress”, uma tarefa inacabada e aberta à participação de todos os elementos.
A turma disponibilizou recursos numa grande variedade de suportes – texto, imagem, vídeo -que foram muito interessantes para a realização das tarefas solicitadas. As tags porém não indicam o tipo de suporte utilizado. Esta é também uma possibilidade de identificação, pois por vezes retêm-se mais informação através do visionamento de um powerpoint ou de um tutorial online do que da leitura de um artigo! Este tipo de informação ajuda o investigador a seleccionar os recursos de acordo com o seu estilo de aprendizagem
A navegação para a pesquisa não é tarefa fácil. Nada é imediato. É preciso procurar, seguindo algumas estratégias, por autor, por tópico, por tags mais populares, por ordem alfabética, utilizando diferentes menus de navegação. A nuvem permite uma visualização mais abrangente das tags e torna a navegação mais fácil do que os menus de navegação da barra do lado direito do ecrã.
A eficácia da navegabilidade para a pesquisa torna-se cada vez maior com a prática que promove o conhecimento do funcionamento desta ferramenta. No entanto, nenhum percurso de pesquisa é linear. Há múltiplas possibilidades de pesquisa, seguindo várias técnicas de pesquisa. Podemos usar as tags de várias formas, trilhando os diversos caminhos possíveis.
Como esta actividade é construída de forma partilhada é natural que haja muitas tags diferentes porque elas também são uma forma de resumir numa palavra ou mais os tópicos dos materiais – são a palavra –chave. Para que haja mais consenso é necessário que à priori se estipule muito bem como vão ser etiquetados (tag) os recursos e este procedimento terá de ser usado por todos de forma homogénea.
As tags utilizadas revelam uma grande heterogeneidade de assuntos abordados. Para uma pesquisa mais direccionada e menos abrangente pode-se incluir várias tags .
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